25 de maio de 2008

Planetinha

O passarinho na sua gaiola a olhar a vida.
O canto triste, o canto sempre pequeno.
De novo, só um vento amenoa balançar seu planetinha de penas e ais.

Arremate

Com uma linha costurei minha vida a tua
Meu coração, como botão,
fechou rápido a casa
que dava saída para o mundo vão
Ponto por ponto,
bordei flores,
sóis,
girassóis
e bem-te-vis
No dia a dia,
um botão caiu
Você nem viu
Um ponto soltou,
você nem notou,
nem eu
Passado o tempo,
fiz um remendo
como um alento
Meu coração não deu mais botão
e a casa ficou aberta para o mundo vão
Em vão,
novamente remendei,
emendei.
Amor, não recebi,
amor, não dei.
Ponto a ponto,
o amor se descosturou
Fio a fio,
se desprendeu.
Na falta dos botões,
na falta de um arremate.