18 de março de 2011

Branco

Quando dormi
tive medo de sonhar e acordei
Do perfume tive medo da essência e me lavei
Na música não compreendi a partitura e me calei
Do livro só lia fragmentos e me fechei
Na memória eu buscava e buscando nada achava
A infância, o verde, a casa...
Restou-me o vazio e nele sinto dor e frio.

9 de março de 2011

Registros

A fotografia da infância
perdeu o cheiro das amoras
Os antepassados em preto e branco
com seus traços já desbotados...
O livro que guarda a flor
tem cheiro de bolor e tom amarelado...

O sorrisos são brancos,
mas, se escondem.
Passam o dia mudando de lugar
em uma perigosa brincadeira de enganar

Em um quarto escuro,
as lágrimas não se cansam de radiografar
dores, ausências, mágoas
e tudo mais que de salgado há...