15 de julho de 2011

O azul

Na sala quieta, a poeira assentava-se
sobre o guarda-louças.
No quintal  onde a velha cerca repousava,
o vento acordava a roseira
Só eu sonhava na escada que levava
ao sossego da varanda,
encantada com o tecido da vida,
ainda azul, com bolinhas da mesma cor...

Primor

A biblioteca cheirava a saber
e eu tinha fome e sede
Apresentei-me, sem reservas,
àquele mundo silencioso e doce
À minha primeira refeição,
denominei Banquete,
mas, ao continuar, chamei-a Primor.