4 de fevereiro de 2013


Lá na roça, onde tudo era verde a colher
eu, sozinha, me bastava.
Tinha o dia nas mãos e pronto o tecido da noite
Bebia da chuva, vestia a primavera,
falava laranjeiras e ouvia maracujás
Tudo era sabor de araçá.
Sombras escondiam o chão, árvores cochilavam,
sementes germinavam leituras e livros floresciam margaridas
O mundo amadurecia lenta e sabiamente 
perante o silêncio das palavras e
dos meus mais frescos sorrisos de cachoeira.


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