6 de dezembro de 2011

No tempo da estranheza

Quando quis, enfim,  ouvir
o mundo apresentou-me o silêncio
Quando já sabia o que dizer, vi-me só
Quando abri os olhos, o jardim se recolheu
a  um sono profundo e aparentemente sem fim...
Meu coração conheceu, assim,
um tempo de estranheza
no qual querer não mais bastava...
Por fim, conformei-me em saber-me viva,
apesar de nada mais ter a possibilidade
de um dia vir a me pertencer.

2 comentários:

  1. Fantástico, lindo, maravilhoso. Definitivamente você não é deste mundo (mas quero que fique nele um longo e bom tempo). Simplesmente maravilhoso. Aliás, senti algo alí nas entrelinhas, estou errado?
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Nesses tempos marcados por inquietações e estranhezas, tua poesia consegue transbordar encanto e beleza! Obrigada por distribuir ternura.
    Abraço.

    ResponderExcluir