16 de agosto de 2012

Enquanto os vejo...


Os varais me encantam...
(escrevo enquanto vejo-os balançar)
São felizes, repletos de possibilidades.
Neles convivem, harmonicamente,
o velho, o cerzido, o novo e o tantas vezes tingido...
O engomado, o mal lavado e o roto
O preto, o branco e o absurdamente colorido.
E todos a mim parecem ser só sorrisos...

8 de agosto de 2012


Aos poucos vão se apagando...


Tenho sentido um cansaço profundo
de querer viver a poesia
contrariando as borrachas negras do mundo
Se faço vestidos florais, logo os vejo rotos
Ensaio brincadeiras de infância
nos mais verdes quintais
Desenho a rima e a letra,
desfaço-me das medidas
nas quais se enquadram temporais
Subo e desço em teias
tecendo novos varais, 
mesmo assim, as borrachas,
de cores de tempestade,
apagam as minhas metades
de futuros milharais.