8 de agosto de 2012

Aos poucos vão se apagando...


Tenho sentido um cansaço profundo
de querer viver a poesia
contrariando as borrachas negras do mundo
Se faço vestidos florais, logo os vejo rotos
Ensaio brincadeiras de infância
nos mais verdes quintais
Desenho a rima e a letra,
desfaço-me das medidas
nas quais se enquadram temporais
Subo e desço em teias
tecendo novos varais, 
mesmo assim, as borrachas,
de cores de tempestade,
apagam as minhas metades
de futuros milharais.

Um comentário:

  1. Bonito demais! Ainda quero ver uma poesia tua no projeto "Um poema em cada árvore" ... Segue o link, abraço: Luci
    http://www.institutopsia.org/

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