Há um porque
para a trama da renda,
para o vazio
da fenda
Há sabedoria
na doçura e no fel,
na dimensão
amorosa do anel
Há que se
preze a ausência
e a urgência
que solicita a escrita à solidão do papel
Versa a
colher para o chá,
reconhecendo
a necessidade de amar
Versa a água
e o sabão pela brancura do chão
Versa o trigo
e a fome na urgente necessidade do pão
Clama a
delicadeza pela mão, escondendo-se da acidez do limão
Sussurra o
verbo e o querer por que é natural ao que ama buscar ser
Estende-se o
varal, alonga-se a sombra, espreguiça-se a vida...
Em algum
canto tintas pintam tecidos desejosos de cobrir amores,
revestir de
viços cirandas e meninas,
afastando
para longe a poeira que esconde a profusão inebriante das cores.
Seus poemas são lindos..e quanta poesia e sentimento tem neles...sou sua fã.
ResponderExcluirObrigada, Juscimare. Abraço!!
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