11 de abril de 2011

Frio

A porta fechou antes que a luz acendesse,
antes que a mão tocasse a chave.
E lá dentro, perdeu-se o mundo...
Nunca mais houve notícia
do quarto onde a velha máquina descansava,
da sala e seu perfume ,
do sofá  vermelho, já puído,
do vaso em flor, do lume.
Perdeu-se o mundo,
quando a porta recusou-se a esperar,
quando a mão não pode tocar a chave ,
quando os olhos não viram a claridade.
O mundo, o mundo lá dentro se perdeu...
Aqui fora, com um frio que não conhece cobertor,
vaga, sozinha, a dor.

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